No Oceano Pacífico, cinco ilhas já desapareceram por causa da elevação do nível do mar. O resultado das mudanças climáticas é real e concreto e, se não está acontecendo por aqui, logo chegará. Você já imaginou o Brasil com a região litorânea modificada? Já se deu conta das alterações que serão provocadas nas paisagens, na vida e na economia destas localidades? Refletiu como será quando essas áreas desaparecerem?
O alerta publicado recentemente na revista científica “Environmental Research Letters” explica ainda que a taxa de aumento do nível do mar é de três milímetros por ano, o que deve subir para sete milímetros por ano até o final do século com a acentuação das temperaturas e o degelo contínuo das camadas polares. Pense naquela sua praia dos sonhos ou no mais perfeito recife de corais para mergulhar. Em breve, estas áreas poderão não mais existir.
Frear as mudanças climáticas é papel de todos. Recentemente, representantes de 175 países assinaram, na ONU, o Acordo de Paris – um esforço para colocar em prática mais rapidamente, antes de 2020, o pacto mundial de combate às mudanças climáticas. Entre outros objetivos, a estratégia pretende manter o teto do aquecimento global abaixo de 2°C. Mesmo com limitações, o Acordo é visto como um avanço importante, especialmente por ter legitimidade entre as grandes nações poluentes.
Então você se pergunta o que pode fazer, na prática, para impedir essas mudanças. Podemos começar pelo menor consumo, pela reciclagem total, pelo uso de meios de transporte não poluentes e por assumir a responsabilidade nas transições vivenciadas nos ecossistemas naturais. Sim, somos os causadores das mudanças climáticas, mas também representamos a solução. E será essa percepção que fará a diferença entre vivência e sobrevivência do planeta.