Nutrição e as PANC’s

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ODS - ONU

Sabe aquela plantinha que cresce na rachadura da calçada e que nós, por não termos nome melhor, chamamos indistintamente de mato ou matinho? Deveríamos tratá-la com muito mais respeito, pois muitas delas podem nos ajudar a salvar o planeta.

No decorrer dos anos essas plantas, que crescem sem nenhum cuidado e que até mesmo são combatidas como ervas daninhas, foram denegadas de seu papel na alimentação, seja pelo conhecimento que se perdeu, seja pelas facilidades que a vida moderna nos proporciona de não precisarmos cultivar o nosso próprio alimento.

Acontece que muitas dessas plantas, que nascem sem que ninguém plante, nos locais mais improváveis, como em ruas, praças, jardins, e que são, assim que identificadas, arrancadas como se fossem extremamente prejudiciais, podem ser deliciosas em muitas preparações culinárias e, que maravilha, são gratuitas.

Estamos falando das plantas alimentícias não-convencionais (PANC’s). São plantas como ora-pro-nóbis, beldroega, dente-de-leão, caruru, etc.

Segundo a EMBRAPA elas são “aquelas com distribuição limitada, restrita a determinadas localidades ou regiões, exercendo grande influência na alimentação e na cultura de populações tradicionais. Além disso, são espécies que não estão organizadas enquanto cadeia produtiva propriamente dita, diferentemente das hortaliças convencionais (batata, tomate, repolho, alface, etc.), não despertando o interesse comercial por parte de empresas de sementes, fertilizantes ou agroquímicos.”

Exemplo de PANC’s:

Ora-pro-nóbis

As flores são brancas e seus frutos são muito saborosos,a aparência lembra um butiá. Suas folhas possuem cerca de 25% de proteína, das quais 85% são digestíveis. Isto é um alto valor se comparado a outros vegetais como o espinafre, que tem um teor de 2,2% de proteínas.

Exemplo de receita com o uso de Ora-pro-nóbis.

Salada de Ora-Pro-Nóbis e Capuchinha

Receita do site http://www.frufruta.com.br/pancs-receita-de-pulmonaria-empanada/

Mas, como essas PANC’s podem ajudar a salvar o planeta:

1.    Reduzindo o uso de agrotóxicos – por serem tão adaptadas ao meio ambiente em que vivem que, nascem e crescem naturalmente, sem pragas e sem interferência humana, se resolvermos aumentar sua produção elas, desde que plantadas nas regiões em que ocorrem naturalmente, praticamente dispensarão o uso de agrotóxicos.

2.    Reduzindo a poluição do ar – devido a característica de serem nativas da região a que pertencem e, necessariamente, serem produzidas nessa região, não há necessidade de longos transportes de seu local de plantio até o consumidor final. Com isso, reduz-se o consumo de combustíveis fósseis e, consequentemente, a poluição do ar.

3.    Reduzindo a quantidade de lixo – as PANC’s são, de uma maneira geral, com raras exceções, passíveis de aproveitamento integral. Quando usadas em substituição a maioria dos alimentos convencionais, especialmente os industrializados, proporcionam a redução da produção de lixo, pois praticamente não deixam restos e, muito menos, embalagens.

Além de tudo, as PANC’s são extremamente benéficas à saúde humana, pois são, em grande parte, alimentos funcionais e nutraceuticos e seu uso costumeiro, cotidiano, em larga escala, pode ajudar a reduzir a verdadeira epidemia de obesidade a que a civilização ocidental está atualmente sujeita, pois são alimentos ricos em fibra, que proporcionam saciedade e são de baixo valor calórico, ideais, por esses motivos, para tratamentos de perda de peso.

A intensificação do uso das PANC’s é mais um elo que liga a nutrição à SUSTENTABILIDADE!

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