Antes de continuarmos com o assunto sustentabilidade na moda, temos, obrigatoriamente, que passar por uma introdução técnica da cadeia de produção têxtil. Falar sobre a origem das matérias-primas e seus processos de transformação até se tornarem tecidos é de suma importância para o entendimento do tema. Quantas vezes você, consumidor, procurou a etiqueta de composição da peça de roupa antes de comprá-la? E se procurou, provavelmente, buscava por produtos predominantemente com algodão, pois, no subconsciente coletivo, esta é a única matéria-prima da natureza. Mas, a grande maioria dos consumidores não leu e cortou a etiqueta antes de usar a peça. Isso ocorre porque pouco se fala sobre a importância das matérias primas dentro do métier do consumidor final.
Dentre as fibras mais conhecidas, basicamente todas se originam da natureza podendo ser naturais ou químicas. As fibras naturais compreendem um grupo de produtos de origem vegetal (algodão e linho), animal (seda e lã) e mineral (lã de rocha e amianto). As fibras químicas compreendem o grupo das fibras artificiais que são transformadas da natureza através de processos físico-químicos (viscose, modal, liocel e acetato) e as sintéticas que são sintetizadas a partir do petróleo (poliéster, poliamida, elastano, acrílico e acetato).
Garantir os índices de boas práticas ambientais ao longo da cadeia produtiva desde a origem da matéria-prima até a produção final do produto e sua entrega no cliente é um caminho muito longo. E a indústria deve se comprometer com a ausência de toxidade para o ambiente, consumo racional de água com tratamentos de efluentes e subprodutos de descartes que são gerados durante o processo produtivo utilizando produtos com biodegradabilidade e compostagem. Por se tratar de um assunto necessário e curioso vamos conhecer no próximo post de forma resumida um pouco de cada processo de transformação dessas fibras… Até já!!!
Créditos:
Jornalista: Karina Rodrigues
Imagens: Divulgação