Queimadas na Amazônia provocam comoção mundial

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ODS - ONU

O debate sobre a política ambiental no Brasil ganhou nova intensidade depois de os paulistanos terem vivido na última segunda-feira, 19 de agosto, uma tarde incomum. Às 15horas a cidade virou noite, os carros acenderam seus faróis e uma tonalidade avermelhada sinalizava que o fenômeno era mais que a chegada de uma frente fria. Poucas horas depois, diversos sistemas de monitoramento, como os satélites do INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial) e empresas de consultoria de meteorologia como a MetSul e Climatempo; Comitê de Satélites de Observação da Terra (Ceos) e da Coordenação Geral de Satélites Meteorológicos (CGMS), ligada à Organização Meteorológica Mundial (OMM). e a NASA registraram o deslocamento de um “rio” de fumaça vindo da Amazônia em direção ao Sudeste, consequência do número recorde de queimadas na floresta amazônica.

Segundo medição do Programa Queimadas do Inpe, as queimadas atingiram maior índice em sete anos. Só este ano (2019), cresceu 70%, com  66,9 mil focos (até o dia 18 de agosto), na comparação com o mesmo período de 2018.

Outro estudo, do Imazon (O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), sediado em Belém do Pará, a Amazônia está queimando mais em 2019, e o período seco, por si só, não explica este aumento. O Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD), do instituto, relata que o número de focos de incêndios, para a maioria dos Estados da região, já é o maior dos últimos quatro anos. Até 14 de agosto, eram 32.728 focos registrados, número cerca de 60% superior à média dos três anos anteriores para o mesmo período, considerando os dados de desmatamento entre janeiro e julho de 2019 e os focos de incêndio registrados desde o começo do ano até o dia 14 de agosto.

Crédito: Aranquém Alcântara. Na foto, o pequeno tamanduá-mirim luta para sobreviver em meio às chamas

O Imazon destacou ainda que alguns municípios do Pará que estão na lista dos focos de queimada, como Novo Progresso, agricultores teriam realizado no dia 10 deste mês, de acordo com a imprensa local, um “dia do fogo”, como forma de protesto e para limpar áreas de pastagem.

No site UOL, Ricardo Mello, gerente do Programa Amazônia do WWF Brasil,  afirmou que não há um processo natural que provoca queimadas na Amazônia, diferente do calor que atinge o cerrado. “Todo fogo [na região amazônica] é de alguma forma iniciado pelo ser humano. Então esse aumento é diretamente causado pela ação do homem”.

No início de agosto, o governo  A reação aconteceu nas redes sociais. Até 21 de agosto, segundo a BBC Brasil, a hashtag #PrayForAmazonas ficou entre os assuntos mais comentados no Twitter em todo o mundo, com mais de um milhão de tweets.

Atualização – Até o fechamento dessa matéria – 22/08/2019 – o partido Rede Sustentabilidade entrou com pedido de Impeachment do ministro de Meio Ambiente Ricardo Sales no STF. E o presidente da França, Emannuel Macron, convocou via Twitter os países membros do G7 para discutir as queimadas na Amazônia na cúpula que acontece neste final de semana, em Biarritz, na França. A Finlândia está propondo boicotar a importação de carne no Brasil. Milhares de manifestações estão acontecendo na Europa: Alemanha, Irlanda, Inglaterra e também nos Estados Unidos.

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