Como as mudanças climáticas impactam a nutrição humana?

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ODS - ONU

O efeito estufa é um mecanismo natural que permite ao planeta manter-se em uma temperatura agradável para o ciclo dos seres vivos. Este processo ocorre quando gases como o dióxido de carbono (CO2) que estão presentes na atmosfera, retém o calor do sol, mantendo a temperatura ideal para a existência de vida no planeta. Sem a existência desse sistema, a Terra seria muito fria e tudo seria bem diferente. 

O problema acontece quando existe um desequilíbrio na quantidade desses gases. Desde que passamos a utilizar combustíveis de origem fóssil, a quantidade de CO2 aumentou rapidamente na atmosfera. São liberados a partir da queima de combustíveis utilizados por automóveis e indústrias, e  intensificados  pelo desmatamento. O efeito desse acúmulo de CO2 na atmosfera se traduz em mudanças climáticas e estas se refletem em toda biosfera gerando consequências como derretimento de geleiras, aumento do nível do mar, mudanças na temperatura e regime de chuvas, dentre outros.

Todos estes elementos já são suficientes para influenciar as condições de cultivo em todo o mundo, porém, existe também a relação entre aumento de CO2 no ambiente e a concentração de nutrientes nas plantas de cultivo. A deficiência nutricional é um problema que ocorre em vários países e umas das causas é a deficiência de micronutrientes necessário ao desenvolvimento humano, como ferro e zinco. Trata-se de um problema de saúde pública que afeta aproximadamente 2 bilhões de pessoas e que chega a causar a morte de crianças em países mais pobres. O problema tende a se agravar, fazendo com que populações vulneráveis sofram ainda mais com os impactos relacionados às mudanças climáticas. 

Para prever como os cultivos alimentares respondem nutricionalmente às variações de CO2 na atmosfera, foram realizados experimentos em plantas de campos agrícolas abertos. Cultivadas em condições semelhantes de desenvolvimento e diferindo apenas quanto à concentração de CO2 no ar, as amostras apontaram valores nutricionais diferentes. Grãos e leguminosas cultivados em concentrações de CO2 maiores do que as previstas para este século, apresentaram menores valores de zinco e ferro do que outras plantas do estudo com menores concentrações de CO2. Este é mais um desafio para a humanidade que precisa desenvolver formas de adaptações para sobreviver em meio às alterações climáticas globais. A ciência trabalha em busca de alternativas que permitam que a população continue se alimentando de forma segura, porém é necessário que haja o controle das emissões de CO2 para aliviar os efeitos das mudanças climáticas e consequentemente seus impactos na nutrição humana.

Natalia Rodrigues (Colaboradora Green Nation)

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