Emergência climática: Temperaturas mais altas da história

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ODS - ONU

Nunca foi registrada uma temperatura tão alta na Antártica. Segundo a WMO – Organização Meteorológica Mundial, no dia 6 de fevereiro de 2020, a temperatura recorde de 18,3 °C foi atingida na península Antártica e registrada pela estação de pesquisa Esperanza, na Argentina. A Península Antártica nos últimos 50 anos registrou aumento de quase 3°C, uma das regiões do planeta que mais rapidamente aqueceu, o que pode ser relacionado às recentes observações referente às mudanças climáticas. Apesar de a estação brasileira ter registrado 20,75 °C através de monitoramento automatizado na Ilha Seymour, um erro de polarização afetou a legibilidade do registro que não pôde ser considerado oficial. 

No último mês, uma onda de calor que atingiu Lytton, no Canadá, também alcançou recorde de 49,6°C, o que causou a morte de mais de 130 pessoas. No mesmo período nos Estados Unidos, as temperaturas chegaram a 46,1°C em Portland e 42,2°C em Seattle. O calor foi tão intenso que houve casos de pessoas com queimaduras por andar no asfalto e empresas como a responsável pelos bondes de Portland, tiveram que interromper o serviço em decorrência ao derretimento de cabos elétricos. No último mês de maio, a Rússia alcançou os 36 °C, segunda temperatura mais quente do período desde o início das medições em 1891.

O IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, reúne mais de 1.300 cientistas em todo o mundo, e, baseado em um grande número de estudos, prevê o aumento na temperatura média global de 1 a 3°C no próximo século. Esse aumento vem se concretizando de forma intensa, rápida e abrupta. Apesar de a média global ser de aumento, consequências como o derretimento do gelo no Ártico, por exemplo, podem enfraquecer correntes, permitindo o acesso do ar frio a latitudes médias. 

O aumento das temperaturas influencia na evaporação mais rápida dos corpos d’água e na capacidade maior de retenção da umidade, podendo causar eventos de precipitação mais extremos como os que vem acontecendo na Alemanha e outros países da Europa Ocidental nas últimas semanas. A chuva extrema causou 125 mortes e o desaparecimento de 1.300 pessoas até o momento. As inundações severas geraram correntezas que atingiram até 3 metros de altura, sendo considerado o pior desastre natural em décadas para a região.

Eventos como este se tornarão cada vez mais frequentes e intensos. De acordo com Johannes Quaas, meteorologista da Universidade Leipzig, na Alemanha, este é o novo normal. “Estamos nos aproximando lentamente de um novo normal que inclui diferentes padrões de precipitação”. Em áreas com alto índice de desenvolvimento urbano, os sistemas de escoamento não conseguem absorver rapidamente a água, causando enchentes. O desflorestamento de áreas como a Amazônia também impactam diretamente no clima, alterando o regime de chuvas, que implica diretamente nas secas que afetam as reservas hídricas. “Enquanto continuarmos emitindo CO2, é provável que continuemos vendo chuvas tão fortes”, completa Quaas.

Natalia Rodrigues – Colaboradora Green Nation

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