Fast fashion e a crise do Deserto do Atacama

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ODS - ONU

A moda sempre foi uma tendência de constantes mudanças, que tem como objetivo atingir o público de forma a gerar lucro para as empresas vendedoras. Mas até que ponto a produção em larga escala de vestuário pode ser viável não só para a empresa, mas para o meio ambiente?

Recentemente, um aplicativo que fornece imagens via satélite, chamado SkyFi, compartilhou imagens de pilhas gigantes de roupas descartadas indevidamente, em uma região do Deserto do Atacama, no norte do Chile. Esse descarte é resultado do que chamamos de indústria fast fashion, que são roupas com tendência momentânea, de baixo valor e qualidade. 

No Deserto do Atacama, essas peças são originadas de alguns países da Ásia, que quando não vendidas nos comércios, são destinadas a esse local. Há mais ou menos 15 anos esses descartes vêm acontecendo, criando um acúmulo em grande escala que pode ser visto do espaço. 

Algumas pessoas em situação de pobreza e vulnerabilidade, tentam aproveitar algumas dessas peças, para vender ou utilizar, porém não é o suficiente para reduzir o impacto. Isso porque a maioria das roupas produzidas são feitas de poliéster, que são originadas do petróleo. Esse produto além de não ser biodegradável, contêm produtos químicos e liberam microplásticos conforme o desgaste. O resultado disso já sabemos: poluição da atmosfera e do solo, podendo atingir a vida terrestre e marítima.

Pilha gigante roupas usadas avistada pelo sistema SKYFI

De que forma você pode ajudar e não contribuir com essa problemática?

Primeiramente, não comprar nesses departamentos, não financiar essa indústria é um grande passo. Existe a moda sustentável, que possui o cuidado desde a produção até o envio do produto, utilizando o mínimo de substâncias poluentes nesses processos. Além disso, há os famosos brechós, que vendem peças de vestuário usadas, novas e seminovas, em um baixo valor, resultando em uma moda circular e sustentável (e poupa seu dinheiro!). Já aquelas peças sem condições de serem utilizadas, podem ser feitas retalhos, para usar em costuras variadas. Você pode acompanhar a moda e ajudar o meio ambiente ao mesmo tempo!

Beatriz Oliveira, colaboradora do Green Nation, graduanda em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, e em Gestão Ambiental, conservacionista e apaixonada pela natureza. Linkedin @b.eaolive

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