Prunus myrtifolia (L.) Urb.
Família: Rosaceae, a família botânica da rosa, da maçã, da pera, da ameixa e do pêssego.
Outros nomes: pessegueiro-do-mato, coração-de-negro, marmelo-do-mato, varova.
Distribuição Geográfica: É uma espécie nativa e não endêmica do Brasil. Ocorre em áreas da Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, nos Estados do AC, AM, PA, BA, MS, MT, MG, RJ, SP, PR e no DF.
Características: Árvore que pode atingir altura de 20 m. O tronco mede entre 30 e 40 cm de diâmetro, é reto, alto e coberto por casca acinzentada e áspera. As folhas são simples e contêm duas glândulas na base. As flores são pequenas, brancas e perfumadas, e ficam dispostas em inflorescências que saem bem próximas do local de inserção das folhas nos ramos. Os frutos são arredondados, carnudos, com polpa adocicada, de coloração avermelhada no início, e negra, quando maduros.
Usos
Alimentação: A polpa dos frutos é adocicada e comestível.
Madeira: A madeira possui pouco valor comercial.
Uso medicinal: Não é encontrado registro de uso para este fim.
Outros usos: Eventualmente o pessegueiro-bravo é utilizado como lenha.
Curiosidades: Seu nome específico Prunus myrtifolia faz menção às folhas que são parecidas com as da murta, um arbusto mediterrâneo bastante conhecido.
Informações Ecológicas: O pessegueiro-bravo é encontrado principalmente em florestas secundárias, com baixa ocorrência em florestas mais preservadas. A espécie cresce bem em locais ensolarados e com diferentes tipos de solo. Contudo, recomenda-se o plantio juntamente com alguma espécie pioneira, para fornecer sombra nos primeiros estágios de desenvolvimento. O crescimento das mudas no campo é rápido e é indicada para plantios mistos em áreas degradadas e de preservação permanente.
Floração: Floresce com maior intensidade entre dezembro e fevereiro, e a polinização é feita por abelhas.
Frutificação: Os frutos amadurecem principalmente entre junho e agosto e são consumidos por pássaros.
Referências:
BACKES, P. & IRGANG, B. Árvores do Sul: Guia de Identificação & interesse Ecológico, As principais Espécies Nativas Sul-Brasileiras. Porto Alegre, RS: Instituto Souza Cruz, 2002.
CARVALHO, P.E.R. Espécies Arbóreas Brasileiras. vol. 3. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2008.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol. 1. 4. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.
SIMÃO-BIANCHINI, R. Rosaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: