Caesalpinia echinata Lam.
Família: Fabaceae, a família botânica do feijão, do pau-sangue, do maricá, do jatobá e do monjoleiro.
Outros nomes: ibirapitanga, orabutã, ibirapitã, muirapiranga,
Distribuição Geográfica: É uma espécie nativa e endêmica do Brasil. Ocorre em áreas de Mata Atlântica, nos Estados de AL, BA, PB, PE, RN, ES e RJ.
Características: Árvore que possui espinhos e mede entre 8 e 15 m de altura. O tronco possui entre 40 e 70 cm de diâmetro e é coberto por casca alaranjada. As folhas são compostas e as flores são de cor amarela com detalhe vermelho no centro, e ficam dispostas em inflorescências no final dos ramos. Os frutos são vagens que possuem espinhos e se abrem naturalmente, liberando suas sementes.
Usos
Alimentação: Não é encontrado registro de uso para este fim.
Madeira: A madeira é dura, muito pesada e resistente. Hoje é usada apenas na confecção de arcos de violino, mas já foi amplamente explorada para a construção civil e naval.
Uso medicinal: O lenho possui propriedades medicinais e é considerado adstringente, tônico, secante e odontálgico. Pesquisas recentes descobriram que o Pau-brasil possui propriedades que podem combater alguns tipos de câncer. Além disso, o chá das folhas é utilizado contra diabetes e o pó da casca atenua cólicas menstruais.
Outros usos: A espécie vem sendo empregada no paisagismo e é considerada a árvore símbolo do Brasil.
Curiosidades: Embora a origem da palavra “brasil” seja repleta de mistérios, com histórias que remetem até mesmo a uma ilha mitológica (Hy Brazil) “em meio às névoas do Mar Tenebroso, como era conhecido o Oceano Atlântico”, acredita-se que entre as origens mais prováveis, esteja a palavra francesa “bersil” e depois “brésil” que significa “brasa”. Contudo, alguns autores acreditam numa fusão dessa palavra com o termo celta “bress”, origem do inglês “to bless” (abençoar) que foi utilizado para batizar a tal lendária ilha Hy Brazil, descoberta em 565 pelo monge Irlandês São Brandão. O pau-brasil é uma espécie ameaçada de extinção na categoria “em perigo”.
Informações Ecológicas: Poder ser considerado uma espécie clímax, que ocorre no interior de florestas bem preservadas e raramente em formações secundárias. Precisa de intensa luz solar para sua sobrevivência e ocorre principalmente em terrenos secos. O crescimento das mudas é moderado e atualmente vem sendo utilizado em plantios de reflorestamento.
Floração: Floresce em setembro e outubro.
Frutificação: Os frutos amadurecem entre novembro e janeiro.
Referências:
CARVALHO, P.E.R. Espécies Arbóreas Brasileiras. vol. 1. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2003.
Di DOMENICO, H. Léxico Tupi-Português: com aditamento de vocábulos de outras procedências indígenas. Taubaté, SP: UNITAU, 2008.
LEWIS, G.P. Caesalpinia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em:
LORENZI, H. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol. 1. 4. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.
MARTINELLI, G. & MORAES, M.A. Livro vermelho da Flora do Brasil. 1. ed. Andrea Jakobsson: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2013.