Olho-de-cabra

Ormosia arborea (Vell.) Harms

Família: Fabaceae, a família botânica do feijão, do pau-brasil, do pau-sangue, do maricá, do jatobá e do monjoleiro. 

Outros nomes: olho-de-boi, angelim-ripa, coronha, pau-ripa e pau-de-santo-inácio.

Distribuição Geográfica: É uma espécie nativa e endêmica do Brasil. Ocorre no Cerrado e na Mata Atlântica nos Estados da BA, GO, ES, MG, RJ e SP.

Características: Árvore com altura entre 15 e 20 m e diâmetro do tronco de 50 a 70 cm de comprimento. As folhas são compostas e os folíolos possuem consistência endurecida. As flores são de cor rosa, bem pequenas e ficam dispostas em inflorescências no final dos ramos. Os frutos são vagens que contêm sementes de cor alaranjada ou vermelha com um detalhe em preto, lembrando um olho.

Usos

Alimentação: Não é encontrado registro de uso para este fim.

Madeira: A madeira é moderadamente pesada e apresenta certa resistência a organismos xilófagos, como os cupins. É utilizada em acabamentos internos na construção civil, confecção de móveis de qualidade e painéis. 

Uso medicinal: Acredita-se que as folhas dessa espécie apresentam propriedades medicinais. Contudo, não são amplamente conhecidas.

Outros usos: É ornamental e conhecida pela beleza de suas sementes, folhagem e copa frondosa que proporciona ótima sombra. Pode ser empregada na arborização urbana. As sementes são utilizadas no artesanato e confecção de bijuterias.

Curiosidades: O nome específico vem do Latim e faz referência às sementes coloridas utilizadas na confecção de adornos.

Informações Ecológicas: É uma espécie que pode ser considerada secundária tardia ou clímax. O olho-de-cabra pode perder parte de suas folhas em determinada época do ano, ou mantê-las, dependendo das condições onde se encontra. Prefere topos de morros ou encostas íngremes e possui crescimento lento. Produz grande quantidade de sementes viáveis por ano e é recomendada para plantios mistos de recomposição da vegetação em áreas degradadas e de preservação permanente.

Floração: Floresce em outubro e novembro.

Frutificação: Os frutos amadurecem em setembro e outubro e permanecem na árvore por muitos meses.

Referências:

BACKES, P. & IRGANG. Mata Atlântica: As Árvores e a Paisagem. Porto Alegre, RS: Paisagem do Sul, 2004.

CARVALHO, P.E.R. Espécies Arbóreas Brasileiras. vol. 4. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2010.

LORENZI, H. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol. 1. 4. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.

MEIRELES, J.E. Ormosia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 22 Abr. 2014.