Callithrix penicillata – Espécie endêmica do Brasil, vive na Mata Atlântica, no cerrado e em matas ciliares, nas regiões centro-oeste, nordeste e sudeste. É possível observá-lo também em áreas urbanas. É também conhecido como mico-estrela.
Pode medir até 30 centímetros de comprimento, mais 35 centímetros de cauda e pesar 350 gramas. A cabeça é escura, contendo um tufo de pêlos negros de cada lado. Tem uma mancha branca na testa. A pelagem é cinza e a cauda anelada.
Onívoro, alimenta-se de frutas, flores, folhas, seiva, ovos, insetos e filhotes de aves. Possui dentição adaptada para penetrar a casca das árvores e obter a seiva.
Vive em bandos de até 15 indivíduos, liderados por uma fêmea alfa. Passa a maior parte da vida nos galhos das árvores, mas também desce ao solo em busca de comida. Tem hábitos diurnos. Desloca-se com agilidade entre os galhos, seja saltando ou escalando. Quando ameaçado, vocaliza alertando seus companheiros e foge em velocidade.
O período de gestação é de, em média, 145 dias. Geralmente nascem dois filhotes que são cuidados por todo o bando e carregados pelo pai em suas costas.
Não é uma espécie ameaçada de extinção, mas sofre com o desmatamento e, principalmente, com o tráfico. Contrabandistas retiram os filhotes muitas vezes matando as mães. Costumam também cegar os animais, para que eles fiquem menos agitados e possam ser vendidos como animais de estimação calmos e inofensivos. Muitas pessoas que compram o sagui costumam soltá-los, quando adultos, na natureza, mas de maneira irregular. Com isso, a espécie foi introduzida em outros estados, causando sérios desequilíbrios ambientais. Há casos de populações nativas que diminuíram devido à concorrência por alimento com o sagui-de-tufos-pretos, como o mico-leão-dourado, por exemplo. Além disso, esses animais têm se reproduzido com outras espécies, como o sagui-de-tufos-brancos, gerando filhotes híbridos.
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