Árvore, um ser vivo muito pouco conhecido

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ODS - ONU

Cultivamos na memória a imagem mental da árvore como sendo um componente da natureza fixo ao solo com um tronco lenhoso que sustenta uma copa de galhos e folhas. Na cidade a temos como algo para fazer sombra e melhorar o clima urbano. No espaço natural, onde normalmente as divisamos de longe, visualizamos apenas a sua forma estética, como árvore isolada ou como uma formação florestal. Não desenvolvemos a compreensão sobre suas funções ambientais, seus serviços ecossistêmicos assim como a sua relevância como suporte da biodiversidade e como agente interativo com o clima e com a disponibilidade de água.

Não temos a compreensão sobre a árvore, no nosso dia a dia, como um ser vivo que pode abrigar um ecossistema complexo e determinante para a qualidade de vida no planeta. A árvore é dotada de uma elevada especialização para as interações bioquímicas e físicas que processa, desde as raízes que lhe dão sustentação e agem na captura seletiva dos componentes do solo que entram no seu sistema nutricional. Fenômenos físicos, energéticos e bioquímicos operam no transporte da seiva pelo tronco até às folhas, onde ocorre a fotossíntese como usina onde se inicia a cadeia produtora de alimentos. Como garantia para sua reprodução, gera flores, frutos e sementes. Estas, para germinarem e se transformarem em novas árvores, se valem de fatores externos como o vento, a água e o calor e mobilizam insetos e outros animais, além do vento, como agentes dispersores e que garantem sua mobilidade para irem germinar em locais onde se faz preciso.

Uma árvore nos diz que estes seus diversos componentes realizam funções especializadas e de extrema precisão, assim como sabem ser resilientes quando necessário. A árvore age assim, tanto para seu crescimento e produção plena, quanto em relação às interações que mantém com os seres vivos que a habitam, e com os diversos componentes da natureza em seu entorno.  .

Quantidades variáveis de seres vivos, desde aqueles classificados como inferiores como os fungos e musgos, como também os insetos, pássaros, répteis e animais mamíferos, fazem deste ser vivo vegetal a se impor no espaço como um elemento protetor da vida. Árvores impõem-se, assim, às vezes, pelo tamanho ou pela beleza estética, mas sempre pela utilidade que vem prestando ao desenvolvimento da humanidade e pelas funções ambientais que exercem no contexto do equilíbrio ambiental.

Precisamos compreender, cada vez mais, que uma única árvore se constitui em um ecossistema complexo – das dezenas de seres vivos que habitam a água acumulada nas bromélias e outras epífitas que estão ali alojadas a vida toda, aos insetos, répteis, pássaros e mamíferos com seus diversos motivos de estarem ali pousados ou morando – além da sua importância como insumo para o desenvolvimento da humanidade toda, que fez e faz da árvore seu objeto de uso conforme as circunstâncias que lhe são favoráveis.

A compreensão destas interações e funções traz à tona, também, a perspectiva da necessidade de sua preservação em áreas naturais e do plantio permanente de novos indivíduos para a recuperação ecológica de áreas degradadas.

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