O projeto é fruto de parceria com a polêmica siderúrgica ThyssenKrupp CSA, que patrocinou a iniciativa, com R$ 11 milhões. Polêmica pois envolveu-se em sérios problemas relacionados à poluição do ar na região.
A contrapartida sustentável, porém, é de uma escola que ensina as demais que é possível reduzir o impacto de suas atividades e inspirar toda a comunidade a replicar soluções em suas casas e trabalho.
Abaixo listamos algumas características que justificam o certificado recebido:
– Sistema que capta água da chuva para uso nas descargas dos vasos sanitários, nos jardins e na limpeza e chega a economizar metade da água potável disponível no local.
– Iluminação toda feita com lâmpadas LED, o que reduz em até 80% o consumo de energia. Há também painéis solares para geração de energia limpa;
– Formato da construção pensado para gerar maior aproveitamento da circulação do ar e, por isso, menor necessidade de refrigeração;
– Coleta seletiva e espaço para armazenar lixo para reciclagem;
– Uso de “telhado verde” com vegetação que absorve calor (deixando o ambiente com temperatura mais amena) e melhora o escoamento de água da chuva;
– Bicicletário e vagas especiais para veículos com baixa emissão de poluentes;
– Acessibilidade a alunos com necessidades especiais;
– Tratamento acústico nas salas de aula, corredores e ambientes internos próximos às salas;
– Análise prévia da qualidade do solo para a construção e uso de 70% da permeabilidade natural do terreno;
– Reaproveitamento de 100% do material de entulho gerado durante a obra.
O gerente de projetos da Secretaria Estadual de Educação, Sérgio Menezes, afirma que existem apenas 120 escolas como essa no mundo, sendo 118 delas nos Estados Unidos.
Na Escola Estadual Erich Walter Heine, sustentabilidade vai além de características do prédio e da redução do volume de lixo e desperdício de água. Professores recebem treinamentos especiais e remuneração acima da média. Alunos estudam em horário integral e aprendem de forma diferenciada a partir da integração de disciplinas tradicionais e especializadas. Nas aulas de administração, por exemplo, recebem noções de logística, marketing, aprendem a redigir um contrato social e frequentam aulas de informática.
O Colégio Estadual Erich Walter Heine é terceira escola técnica conceitual inaugurada pelo governo do Rio. Em todas elas observa-se o formato de parceria público-privado. A primeira foi a Nave (Núcleo Avançado em Educação), em parceria com o instituto Oi Futuro, voltada para o ensino tecnológico. A segunda foi a Nata (Núcleo Avançado em Tecnologia de Alimentos), em ação conjunta com a Secretaria Estadual de Agricultura e o grupo Pão de Açúcar. O governo do Estado estabeleceu a meta de construir 11 escolas técnicas e conceituais até 2014.
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