Mundo Green – Episódio 03 – Mais Conteúdos

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ODS - ONU

Ao trazer para a discussão a educação no mundo atual, o episódio 03 da série Mundo Green – em quarentena abriu também reflexões que serão ampliadas a partir dos conteúdos compartilhados por aqui. 

Os assuntos percorrem desde os desafios vivenciados durante a pandemia à necessidade de se abordar de forma mais efetiva a história e as culturas africana, afro-brasileira e indígena durante o processo educativo.

A historiadora Aline Rochedo Pachamama é a idealizadora da editora Pachamama – um espaço voltado para a democratização da leitura, que também tem como objetivo compartilhar as culturas indígenas.

Confira abaixo um dos seus livros, chamado “A poesia é a alma de quem escreve”.

Pachamama_-_A_poesia_é️_a_alma_de_quem_escreve-1

A seguir, é possível acessar também um documento elaborado pelo NEABI (Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas) com dicas de atividades a serem trabalhadas em sala de aula para abordar a história e as culturas africana, afro-brasileira e indígena.

NEABI-Indica-N2-2017

Por fim, disponibilizamos o texto da Renata Cherém, que é doutora em administração e também foi entrevistada para a série do Green Nation.


Educação no Brasil: uma reflexão (eternamente) necessária

Renata Cherém

As pandemias se caracterizam por mudanças drásticas de comportamento. Assim como o resto do mundo, o Brasil não estava preparado para lidar com a necessidade do isolamento social. De um dia para outro, todos os setores tiveram que alterar sua forma tradicional de trabalho. Apesar de o vírus ser o mesmo, este não atingiu a todos de forma igualitária. E nem poderia. Vivemos em uma sociedade extremamente desigual e, como tal, um mesmo problema resulta em diferentes implicações para diferentes pessoas.

Todos os setores da economia tiveram que adaptar seus processos. Foi necessário extinguirmos ao máximo a forma presencial de atuação. A modificação do trabalho presencial para o trabalho remoto não foi fácil para ninguém. Mas é impossível negar que, para alguns setores da economia, esse processo foi ainda mais árduo. 

Para a educação (como sempre), foi mais difícil. Esse fato não é nenhuma novidade. Pelo menos não para quem trabalha com educação. 

“A educação é a base de tudo”. “Precisamos investir em educação”. “Sem o investimento necessário em educação esse país não avançará”. Escutamos há décadas essas frases sendo proferidas. Mas, na prática, somos desafiados a trabalhar em condições precárias. 

Nos últimos assim, o cenário piorou. Além de condições precárias, estamos tendo que lidar com acusações gravíssimas e descabíveis. Até de balbúrdia nos acusaram! Como ousam? Eles sempre ousam. Os ignorantes não têm limites.

Mas tudo tem dois lados. E o lado oposto aos dos ignorantes é enorme! Ele mostrou sua cara. Foi às ruas, gritou, brigou! Presencialmente, quando pôde. Virtualmente, quando foi necessário. 

Apesar de verificarmos diversos mecanismos de opressão e tentativas de não legitimação da participação popular no Brasil, os cidadãos, cada vez mais, estão se reconhecendo como detentores de seus direitos à educação. 

Mas reconhecer seu direito à educação (embora importante) não é bastante. Para implementar uma mudança da magnitude necessária, a sociedade civil precisa se organizar estrategicamente e repensar sua capacidade de mobilização. 

Almeja-se que ocorra uma reflexão sobre o tipo de educação que não apenas desejamos, mas sim, precisamos. Quais as reais necessidade hoje na educação brasileira? Quais conteúdos precisam ser inseridos e retirados da nossa base? Quais os tipos de metodologia de ensino que produziriam melhores resultados na nossa realidade? E qual o seu papel, como cidadão, nesse processo de transformação?

Espera-se que a pandemia estimule reflexões. Afinal, os descontentamentos e os desejos coletivos colaboram para o processo de interpretação da realidade e funcionam como força impulsionadora para alteração do estado atual. Mas esperamos que tais reflexões, ultrapassem o aspecto teórico. Precisamos de prática, de mudança, de ação! Sabemos que não podemos contar com grande parte dos políticos. Mas ainda temos esperança de contar com a população.

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