Você com certeza já ouviu falar da expressão Geração Millenium, também conhecida como geração Y. Nascidos em meados dos anos 90, trata-se da primeira geração nativa da Internet que trouxe uma série de mudanças de comportamento no mercado de trabalho, consumo, valores e cultura. Ambientes de trabalho mais flexíveis, home office, exigência de tratamento igualitário entre gêneros, busca por desafios, muito empreendedorismo e propósito no que estão desenvolvendo, são algumas de suas características.
Agora eles começam a ter filhos e formar suas famílias. Será que seus valores quando jovens também impactará a forma como se estruturam suas casas? A Euromonitor, empresa mundial de tendências , fez uma pesquisa global para entender como essa geração estrutura suas famílias e como elas devem impactar o cenário de negócios e tendências de consumo.
Pais mais participativos – No levantamento da Euromonitor, cerca de 72% dos millenials, “sentem que ter filhos é um fator importante para uma vida feliz”. Dos que já são pais, a pesquisa destaca que existe uma participação mais efetiva dos maridos na criação dos filhos, afazeres domésticos aproveitando os horários flexíveis, inclusive com pausas em suas carreiras.
As empresas devem estar atentas para essas mudanças, segundo a pesquisa. Demandas como creches no local de trabalho, produtos e serviços que facilitem a vida dos pais serão diferenciais cada vez mais apreciados. Inclusive para retenção de talentos. Os milleniuns querem suas carreiras, mas também querem muito mais tempo com suas famílias, qualitativamente superior às gerações anteriores. Veja o gráfico:
Tempo para todos – Se o tempo é maior com os filhos, os Milleniuns também querem tempo para si. Segundo a pesquisa, os pais dessa geração acreditam que é preciso que todos estejam felizes e que não devem sacrificar seus desejos particulares pelos filhos.
Para tornar esse estilo de vida possível, 58% estão dispostos a gastar dinheiro para economizar tempo e simplificar as tarefas diárias. Outro diferencial em relação às gerações anteriores é a preferência por consumo em experiências e não em coisas, como carros, casas e bens: apontada em 48% das respostas.
Vida prática – A economia de compartilhamento também colabora para perfil desses novos pais. Além de caronas, locação de carros e casas de temporada, cultura obtida na juventude, agora eles também compartilham carrinhos de bebês, roupas infantis e brinquedos. Menos consumo, mais economia doméstica.
Sem medo de se informar – Para essa geração que cresceu online, em redes sociais, grupos e comunidades virtuais, nada mais natural que a busca de informação para educar seus filhos nesses canais. A pesquisa aponta que esses pais não têm medo de pedir conselhos. “São abertos, colaborativos e buscam orientação de várias fontes. Participam de grupos de mães e pais on-line, seguem influenciadores de mídia social e blogueiros.”
Por vezes, esses agrupamentos se reúnem presencialmente. E para esses milleniuns, essas relações são como um suporte, especialmente para os que se encontram longe de suas famílias.
Esses canais de informação também influenciam em marcas de confiança. Empresas desse segmento devem estar atentas para construir relações esses consumidores. E usarem de sutileza para apresentar seus produtos e serviços. Cerca de 63% visitam ou atualizam sites de redes sociais diariamente em seus celulares.
Outro comportamento diferencial é a cautela desses pais nas suas postagens. Essa geração compreende que a permanência das informações na web e como esses dados podem ser usados no futuro. Preferem não expor a imagem de seus filhos, assim como manter configurações privadas nas redes sociais.