O que todos queremos? Saúde. Esse é o desejo de todo cidadão, para si, sua família, seus amigos. Bem estar físico e mental. E para isso, é preciso políticas públicas, campanhas de prevenção, vacinação, estímulo à atividade física, alimentação saudável e lazer, entre outras ações. Deveria ser simples, mas infelizmente, o Brasil ainda enfrenta sérios desafios para manter sua população saudável. Daí a importância do Dia Nacional da Saúde, um momento de reflexão, de discutir soluções e cobrar das autoridades ações que assegurem esse direito básico garantido pela Constituição de 1988.
Diz a Carta Magna: “A saúde é um direito de todos e dever do estado, garantido mediante medidas politicas, sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação”.
Segundo levantamento realizado no início de 2019, pelo Conselho Federal de Medicina e o IBGE, existe um médico para cada 470 habitantes no Brasil. No entanto, no Norte e Nordeste do país, esse índice é de um profissional para cada 953,3 e 749,6 brasileiros. Infelizmente, esses dados se refletem nas imensas filas nos hospitais e na taxa de mortalidade nas regiões mais carentes. Dados da OMS calculam que existem 17 médicos para cada 10 mil habitantes no Brasil, enquanto na Europa esse número chega a 33.
Há muito o que fazer. Os cuidados com a saúde começam muito antes de se chegar a um quadro de doença. Fatores como poluição, que provoca dezenas de problemas respiratórios, o sedentarismo (falta de atividade física), porta de entrada para doenças crônicas como hipertensão, diabetes, obesidade, aumento do colesterol e infarto do miocárdio. O combate à dengue, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, infecção que pode ser letal para 20% das pessoas contaminadas.
Melhor gestão do sistema de saúde como um todo, commmais médicos, instalações, postos de saúde e campanhas informativas. Transparência na gestão dos recursos. Como sempre, acabar com o tabagismo, e mais recentemente, lutar contra fake news que condenam a vacinação. É importante destacar que o sarampo, por exemplo, já estava erradicado no Brasil. Mas vivemos um surto, consequência de movimentos antivacinas que disseminam informações sem base científicas, trazendo o vírus ao ambiente.
E brincar. Sim, atividades lúdicas, esporte, reunião com os amigos, são aliados da saúde mental, reduzindo estresse e uma série de doenças provocadas pela depressão. O documentário “Tarja Branca”, da produtora maria Farinha, por exemplo, traz uma série de depoimentos de psiquiatras, psicanalistas, educadores e “brincantes”, profissionais da brincadeira, mostrando cientificamente que a alegria é um elemento poderoso na saúde das pessoas.