Aderno

Astronium graveolens Jacq.

Família: Anacardiaceae, a família botânica da aroeira-da-praia, da manga, do caju e dos cajás.

Outros nomes: guaritá e gonçalo-alves.
Distribuição Geográfica: Essa espécie ocorre em quase todo o território brasileiro nos biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa. Pode ser encontrada em diversos Estados das 5 regiões do país. É uma árvore nativa do Brasil, mas que também ocorre em outros países.
Características: Árvore de 15 a 25 m de altura, com tronco reto variando de 40 a 60 cm de diâmetro. A casca é lisa e descamante às vezes amarelada ou cinza. As folhas são  compostas , terminando de forma ímpar, com cheiro característico, comum às espécies dessa família. As flores são amareladas, pequenas e dispostas em inflorescências. Os frutos possuem apenas uma semente e 5 alas, que o ajudam a planar.
Usos
Alimentação: Não existem registros para este uso.
Madeira: É tida como “madeira de lei”, muito pesada e dura. Resistente a trabalhos mecânicos, é durável mesmo em condições em que está exposta, enterrada ou submersa. É indicada para obras externas como postes, dormentes e mourões e também na construção naval. Também pode ser usada no fabrico de móveis, pois possui acabamento fino e muito bonito. Algumas espécies próximas, também do gênero Astronium, são muito exploradas no Brasil e consideradas entre as melhores, para certos usos, das que existem na América do Sul.
Uso medicinal: A casca é utilizada na medicina caseira contra alguns males.
Outros usos: Pode ser utilizado com sucesso para o paisagismo.
Curiosidades: Um dos nomes pelo qual essa espécie é conhecida, guaritá, é de origem Tupi e significa “pau-pedra” por conta de uma das principais qualidades de sua madeira.
Informações Ecológicas: É uma espécie secundária, sendo indicado o plantio junto com espécies pioneiras que propiciem algum sombreamento. Contudo, pode tolerar locais ensolarados e é recomendada para lugares pedregosos e secos. O aderno perde todas as folhas em determinada época do ano.
Floração: De junho a outubro. A floração ocorre com a árvore totalmente sem folhas. As flores são melíferas e polinizadas por abelhas e insetos pequenos.
Frutificação: De julho a novembro. As alas dos frutos o fazem girar quando caem das árvores, e assim, aliado ao vento ele plana e é transportado a longas distâncias. Atinge a idade reprodutiva entre 15 e 20 anos de idade.
Referências:
CARVALHO, P.E.R. Espécies Arbóreas Brasileiras. vol. 1. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2003.
Di DOMENICO, H. Léxico Tupi-Português: com aditamento de vocábulos de outras procedências indígenas. Taubaté, SP: UNITAU, 2008.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol. 1. 4.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.
PIO CORRÊA, M. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil e das Exóticas Cultivadas. vol. 3. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1952.
SILVA-LUZ, C.L. & PIRANI, J.R. 2012. Anacardiaceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.  Disponível em: . Acesso em: 28/05/2012.