Nosso sistema econômico revela-se insustentável. Progresso econômico, não raramente, representa o oposto de progresso “ambiental”. Não dá para ter ar limpo e qualidade de vida diante do incentivo à venda de carros. Nem é possível ter paz de espírito e saúde diante da necessidade sem justificativas convincentes de comprar coisas novas o tempo todo.

Na conferência Rio + 20 foi apresentada ao público a Declaração do Capital Natural. Neste documento, diversas instituições financeiras se comprometem a discutir e fazer valer o custo ambiental de diversas empresas e puni-las caso sejam excessivamente insustentáveis.

Os próprios bancos reconheceram sua culpa parcial pela situação atual. Eles não criaram uma forma eficaz de valorizar esse capital natural nem avaliaram os riscos que a destruição desses recursos traz ao equilíbrio ecológico.

Instituições que fazem parte desse grupo defendem que os governos forcem as companhias a revelarem em relatórios financeiros anuais sua dependência do capital natural e o impacto que elas têm. Além disso, pedem o estabelecimento de punições para companhias que não o fizerem e incentivos tarifários para as que protegerem o capital natural como parte de seu negócio.

A intenção dessas instituições é transformar o quanto antes a declaração de um ano atrás em algo mais tangível e colocar um valor econômico no mundo natural.

No documento, a meta é ter um sistema internacional operando, reconhecido por todos os governos e assinado pela Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas até 2020.

Fontes:

Instituto Akatu
http://akatu.org.br/Temas/Cadeias-Produtivas/Posts/Bancos-querem-cortar-credito-de-empresas-que-nao-respeitem-os-recursos-naturais

Natural Capital Declaration
http://www.naturalcapitaldeclaration.org/