Família: Meliaceae, a família botânica do catinguá, da carrapeta, do mogno e da andiroba.
Outros nomes: cedro-vermelho, cedro-rosa e cedro-do-brejo.
Distribuição Geográfica: É uma espécie nativa, não endêmica do Brasil que pode ser encontrada em quase todo o país. Talvez não ocorra nos Estados do RS, RR, TO, PI, RN, SE e AL. Faz parte dos biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
Características: É uma árvore de 25 a 40m de altura com tronco de 1,50 m de diâmetro, o qual pode ser cilíndrico e bastante reto. Sua casca é muito grossa e fissurada, de cor bem escura. As folhas são de consistência fina, compostas e compridas, formadas por vários pares de folíolos. Os ramos jovens e as folhas quando amassados desprendem um forte cheiro de alho. As flores do cedro são numerosas e pequeninas, e estão dispostas em inflorescências na forma de cachos. Elas são de cor branco-esverdeada com pelos amarelados. Os frutos são marrons e de consistência semelhante à madeira (lenhosos). E quando se abrem liberam as 30 ou 40 sementes que produzem cada um. Essas sementes possuem prolongamentos semelhantes a asas e planam para longe com o vento.
Usos
Alimentação: Existem registros, fora do Brasil, do uso por animais.
Madeira: É uma madeira leve, resistente ao ataque de insetos e ao apodrecimento, e considerada “madeira-de-lei”. É muito procurada por madeireiros devido ao seu tronco cilíndrico e reto sendo utilizada para o fabrico de móveis, compensados, instrumentos musicais etc. Por ser muito fácil de talhar e trabalhar é indicada para a confecção de esculturas.
Uso medicinal: As folhas e a casca são utilizadas para baixar febre, diminuir dores e cólicas, gripe e dor de dente. Já foi provada a eficácia contra a malária e as sementes são vermífugas.
Outros usos: O óleo de cedro é usado em perfumaria, como repelente para insetos e também em microscópios. E as sementes são utilizadas na Amazônia para a confecção de bijuterias e objetos de decoração.
Curiosidades: O nome popular vem do agradável odor de sua madeira que lembra muito o do conhecido cedro-do-líbano. Em dias bastante úmidos ou com chuva, pode-se sentir o cheiro de alho dos cedros a pouca distância, o que também ocorre com outra espécie de árvore, o pau-d’alho. Em casa, quando se conhece o cheiro da madeira fica fácil reconhecer se você possui algum móvel ou peça de cedro. Principalmente produtos novos costumam vir com um cheiro que às vezes perdura por anos. O cedro é uma árvore que pode viver por muitas dezenas de anos. Existem alguns muito antigos que podem atingir 50 m de altura e ter um tronco com 3 m de diâmetro! O cedro-branco é uma espécie ameaçada de extinção, pertencente à categoria “vulnerável”.
Informações Ecológicas: É considerado uma espécie pioneira, mas ao contrário de muitas outras, se mantém após a reocupação das áreas perturbadas por possuir um ciclo de vida bastante longo. O cedro prefere ambientes úmidos e de solo profundo e fértil, sendo indicado para terrenos encharcados periodicamente, mas pode crescer também em ambientes bem ensolarados. O desenvolvimento das mudas é rápido na maioria dos plantios. Essa árvore perde totalmente suas folhas durante certo período do ano e começa seu estágio reprodutivo por volta dos 15 anos de idade.
Floração: Floresce ao longo de todo o ano dependendo da região em que se encontra. Nos Estados litorâneos da Região Sudeste floresce de maio a setembro, podendo variar com a altitude. É comum que árvores na serra, numa atitude maior, se reproduzam em épocas diferentes daquelas ao nível do mar, pois o clima é bem diferente. As flores são melíferas e muito procuradas por abelhas nativas. A polinização é feita por mariposas e pequenos insetos.
Frutificação: Do mesmo jeito que a floração, os frutos amadurecem ao longo de todo o ano, mas principalmente de setembro a agosto na Região Sudeste. O desenvolvimento do fruto demora de 9 a 10 meses. Geralmente quando eles começam a se abrir a árvore se encontra totalmente sem folhas, o que facilita a dispersão das sementes pelo vento.