Mesmo diante de matriz limpa e, em parte, baseada em fontes renováveis, o Brasil enfrenta o problema do aumento da pegada de carbono no processo de geração de energia. Em 2012, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), o segmento aumentou em 30% as emissões de CO2 em relação a 2006 principalmente na geração térmica.Outra questão séria refere-se à baixa eficiência, ou seja, o desperdício.

Como soluções para a redução da pegada de carbono citamos: investimento ainda maior em fontes renováveis e pouco poluentes e forte combate à construção de usinas que geram muitos gases do efeito estufa como é o caso daquelas que usam carvão e óleo para geração de energia.

Já sobre a questão do desperdício, se faz necessário investir mais em bons projetos que conscientizam a população a usar a energia de forma eficiente. A prova de que isso é possível está na China que, apesar de ser o maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, é o país que mais investe em sua redução, desenvolvendo fontes de geração renováveis e aumentando a eficiência energética. Lembramos que a adoção de medidas de eficiência por todos os consumidores brasileiros poderia resultar em redução de 10% no consumo, uma economia de R$ 11,5 bilhões.

Hoje, investir em programas de eficiência energética é mais caro do que construir usinas. Porém, a postura adotada pelo Brasil é uma economia que não se sustenta a longo prazo. Nossa capacidade de expansão tem limite e um consumo eficiente permitirá que tenhamos margem mais segura de crescimento.

Eficiência energética é mudar hábitos nas casas, adotar processos, sistemas ou equipamentos que consomem menos energia. A troca de um sistema de ar-refrigerado em um hotel pode reduzir em até 35% o consumo.

Fonte:
O Globo